Parcelamento de Precatório: O Que Isso Significa para os Credores?

parcelamento de precatório

Os precatórios são dívidas do governo reconhecidas pela Justiça, que devem ser pagas a credores após uma decisão definitiva. No entanto, devido a limitações orçamentárias e mudanças na legislação, o parcelamento precatório tem se tornado uma prática comum. Mas o que isso significa para os credores? 

Neste artigo, exploramos como funciona o parcelamento de precatórios, seus impactos e quais são as alternativas disponíveis para quem aguarda o pagamento.

O Que São Precatórios?

Precatórios são dívidas do setor público reconhecidas judicialmente, decorrentes de ações contra a União, estados ou municípios. Esses pagamentos devem ser realizados conforme regras estabelecidas na Constituição Federal e na legislação vigente. Existem dois tipos principais de precatórios:

  • Precatórios de natureza alimentar: relacionados a salários, pensões e benefícios previdenciários.
  • Precatórios de natureza comum: incluem indenizações, desapropriações e outros débitos não ligados a salários.

Os precatórios podem demorar anos para serem pagos, dependendo da capacidade financeira do governo e das leis em vigor. Isso leva muitos credores a buscarem alternativas para antecipar seus recebimentos.

Como Funciona o Parcelamento de Precatórios?

O parcelamento de precatórios ocorre quando o governo opta por pagar a dívida em múltiplas parcelas, em vez de realizar o pagamento à vista. Isso pode ser feito de acordo com previsões legais e mudanças na legislação, como a PEC dos Precatórios (Proposta de Emenda Constitucional), que trouxe novas regras para o pagamento desses débitos.

O parcelamento pode variar de acordo com:

  • O valor do precatório;
  • O ente público devedor (União, estado ou município);
  • As regras específicas determinadas pela legislação vigente.

Geralmente, precatórios de valores elevados são divididos em parcelas anuais, enquanto os de menor valor podem ser pagos mais rapidamente. Entretanto, isso pode gerar um impacto significativo para os credores, que precisam lidar com a espera prolongada para receber seus direitos.

Impactos do Parcelamento para os Credores

O parcelamento de precatórios pode ter diversas consequências para os credores, tanto positivas quanto negativas. Entre os principais impactos, estão:

1. Maior Tempo de Espera para Recebimento

O principal impacto é a dilatação do prazo para recebimento dos valores. Em vez de receber o montante total de uma só vez, o credor precisa aguardar o pagamento parcelado ao longo dos anos.

2. Correção Monetária e Juros

Em alguns casos, a legislação prevê a correção monetária dos valores parcelados, mas isso nem sempre compensa a perda de poder de compra causada pela inflação. Caso os juros aplicados não sejam suficientes para cobrir a desvalorização da moeda, o credor acaba recebendo menos do que deveria em termos reais.

3. Incerteza e Risco de Novos Atrasos

O parcelamento não garante que os pagamentos ocorrerão de forma pontual. Muitas vezes, governos postergam ainda mais o pagamento, aumentando a insegurança jurídica para os credores. Além disso, mudanças futuras na legislação podem afetar os prazos e as regras de pagamento.

4. Redução do Valor Efetivo Recebido

Devido à inflação e à desvalorização da moeda, o parcelamento pode reduzir o valor real recebido pelo credor ao longo do tempo. Quanto mais longo for o parcelamento, maior a perda financeira.

Alternativas para Credores Diante do Parcelamento

Para os credores que não desejam aguardar o pagamento parcelado, existem algumas opções para minimizar os impactos do parcelamento de precatórios:

1. Venda do Precatório

Os credores podem vender seus precatórios para empresas especializadas ou investidores. Essa alternativa permite que o credor receba um valor à vista, ainda que com um deságio, ou seja, abaixo do montante total devido. Apesar de ser uma solução rápida, é importante analisar as condições da venda para garantir um acordo justo.

2. Ação Judicial para Prioridade no Pagamento

Em alguns casos, credores podem solicitar prioridade no pagamento, especialmente se forem idosos, portadores de doenças graves ou se o valor for inferior ao teto de RPV (Requisição de Pequeno Valor). Essa alternativa pode reduzir a espera e garantir o recebimento mais rápido.

3. Planejamento Financeiro e Diversificação de Recursos

Para credores que não podem contar com o recebimento imediato dos precatórios, a melhor estratégia pode ser um planejamento financeiro adequado. Diversificar investimentos e buscar alternativas de crédito podem ser formas de minimizar os impactos do parcelamento e garantir maior estabilidade financeira enquanto o pagamento é aguardado.

Como Acompanhar o Andamento do Precatório Parcelado?

Os credores devem acompanhar regularmente a situação de seus precatórios para garantir que os pagamentos estão sendo efetuados conforme o previsto. Isso pode ser feito por meio dos sites oficiais dos Tribunais de Justiça ou com a assessoria de um advogado especializado.

Os principais passos para monitoramento incluem:

  • Consultar o status do precatório no tribunal competente;
  • Verificar se as parcelas estão sendo pagas no prazo estabelecido;
  • Buscar informações sobre mudanças na legislação que possam afetar o pagamento;
  • Manter contato com associações de credores para obter apoio em eventuais negociações e cobranças.

Conclusão

O parcelamento de precatórios é uma prática adotada pelo governo para distribuir o impacto financeiro dos pagamentos ao longo dos anos. No entanto, essa medida afeta diretamente os credores, que podem ter que esperar mais tempo para receber os valores devidos.

Para minimizar os efeitos negativos, é fundamental conhecer as alternativas disponíveis, como a venda do precatório, pedidos de prioridade ou negociação com o governo. Manter-se informado sobre o andamento do precatório e contar com suporte jurídico são estratégias essenciais para garantir que o pagamento seja realizado da melhor forma possível.

Diante do cenário de parcelamento, é essencial que os credores busquem o máximo de informações e avaliem todas as possibilidades antes de tomar qualquer decisão. Com um bom planejamento e acompanhamento do processo, é possível minimizar prejuízos e garantir que os direitos sejam respeitados.

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